
Já a minha avó dizia "quem tem filhos tem cadilhos", e desta foi bem verdade.
O meu menino à dois dias que se queixava com dor de ouvidos...pensei no principio de uma otite, mas não tinha febre, e também andava sempre bem disposto.
Andavamos alerta, mas não viamos nada de anormal, até que onetm ele confessou que havia
colocado, na escola, uma bolinha no ouvido direito. Ao espreitar bem lá dentro deparei-me com uma bolinha pequena que tapava a entrada do ouvido. E que, segundo os médicos, estava mesmo encostado ao tímpano. Dirigi-me ao hospital da zona, e na Pediatria fizeram os possiveis, mas não conseguiram remover a dita bola...resultado...seguimos para Lisboa...eram 22:30...e lá seguimos de ambulância.
Apanhámos muito mau tempo, nos dois sentidos. Para lá, com um bombeiro impecável, apanhámos muita chuva e pedra...o pára brisas da ambulância rachou...mas lá chegámos, sãos e salvos. A minha mãe, pai e irmão acompanharam-me , e NUNCA pensámos que fosse tão complicado.
Na ambulância segui eu e a miha mãe, e atrás seguiu o meu pai e o meu irmão.
Chagámos a Santa Maria...hospital enorme...que eu conhecia por um caso muito grave que acmpanhei com a mninha amiga Mitá. Se na altura do filhote dela todos aqueles corredores metiam medo, então agora como o meu, mais medo me metiam...Corredores frios, longos...muito longos.
Fizemos a triagem, fomos atendidos...seguimos para a parte de Otorrino...depois de mais um longo corredor (mais de 10 minutos a andar bem), apanhámos o elevador 13, para o piso 5. Esperámos...fomos atendidos...a doutora, uma mocinha nova, tentou...mas o meu menino vinha melindrado já de Torres Novas. Não arriscou...pediu que saíssemos e que aguardasse-mos, até o meu menino se acalmar. Mas digam-me como se acalma uma criança de 5 anos, às 2 da manhã, cheia de sono, cansada e melindrada por tanto terem tentado tirar um objecto estranho de um ouvido? Desabei...chorei junto com ele e o meu menino só me pedia para ir para casa. A minha viga foi a minha mãe, que sempre me acompanhou de um lado para o outro. O meu pai e o meu irmão permaneciam à espera na urgência.
Tentou uma segunda vez...nada...decidiu pedir à Pediatria que o sedassem...fomos para baixo. Deram-lhe o sedativo, adormeceu...carreguei o meu mennino ao colo por aqueles longos corredores...voltámos ao 5º piso...a doutora voltou a tentar...ele acordou de imediato...o sedativo não fez efeito por causa do estado nervoso em que se encontrava.
Chamaram outro médico...5 pessoas agarrarem o meu Tiago, ele gritava tanto...e o doutor conseguiu, GRAÇAS A DEUS. O meu menino sorriu. Passaram-lhe um antibiótico e voltámos, desta vez de maca para a pediatria. Tivemos alta e viemos embora. Outra viagem, desta feita no carro do avô... o padrinho conduzia e muita chuva...pedra mas não tanta como na viagem até Lisboa)...poços de nevoeiro cerrado...chegámos a casa eram cerca de 5 da manhã...depois de uma longa noite de muitas lágrimas e de me sentir incapaz de o ajudar.
Deitámo-nos, e o meu menino disse: "Mãe gosto muito de ti: Daqui até à lua!".
"Filho, és o que de mais importante a mãe tem, e eu estou aqui para te proteger. Amo-te muito daqui até à lua"
Dormimos, e a mãe tirou um dia de férias para te dar miminhos.
Obrigado por me "ouvirem",.
Beijinhos a todas com amizade e carinho.